quarta-feira, 13 de junho de 2018
Criaturas
autocentradas, invasivas e invejosas no ambiente empresarial.
Está tornando-se cada vez
mais comum o comportamento invasivo e autocentrado, sem noção, de criaturas,
não somente no ambiente empresarial, como em outros setores de nossas vidas. Essas
criaturas sem noção são capazes de invadir o seu perfil nas diversas redes
sociais, sem o menor pudor, e começam a despejar uma avalanche de postagens
como encaminhamento de CVs, promoção de sites pessoais ou corporativos e
pasmem, até venda de bolo de pote. E postam por serem seus amigos e/ou
conhecidos. Elas postam o que lhes convêm, a qualquer hora do dia, ignorando
até o horário comercial. Dizem estar
otimizando o tempo. O tempo que não é delas. Essas criaturas manipulam, ao bel
prazer, o tempo do outro. Compreensão equivocada dos vocábulos liberdade e tempo. Criaturas invasivas e
mal educadas, isso é o que são.
Esse senso equivocado de
liberdade e tempo parece piorar no âmbito de convivência em condomínio.
Criaturas dão festas e jogam copos descartáveis pela janela, fumam, e jogam
guimba de cigarros pela janela e por último, não menos absurdo, transam e jogam tanto a embalagem quanto
a camisinha usada pela janela. Um não senso absurdo total do espaço do outro,
do que é do outro. Eu tenho vivido isso. E, porque reclamo, sou chata. As
criaturas sujam minha varanda e eu sou a chata.
O Linkedin, originalmente um site voltado ao universo profissional, virou
palco de debate político, autoajuda, divulgação de propagandas sem noção,
simplesmente, porque essas criaturas se negam enxergar o espaço e os limites do
outro. As criaturas não conseguem entender normas de conduta em grupo, afinal,
convenhamos, o Linkedin não é o local
apropriado para falar sobre a separação de conhecido casal de jornalistas nem sobre o gosto pessoal de tal e qual artista . De novo, eu sou a chata.
Igualmente, fora das redes
sociais, no ambiente empresarial, criaturas se comportam como se fossem indispensáveis,
seres onipresentes, oniscientes e onipotentes - deuses! Não bastasse o ambiente empresarial ser legitimamente
masculino e a herança patriarcal presente nos mínimos detalhes: palavrões,
comentários sobre conquistas amorosas do dia anterior com colegas, em voz alta
etc. E desse jeito, ignorando presenças femininas pelos corredores e salas. Agem
como se a empresa fosse uma extensão de suas residências. Falta pouco para
abrirem uma cervejinha enquanto comentam sobre seus feitos. Respeito,
comportamento profissional? Isso sem falar de muita competição boba e pouca
produtividade. Olha a chata, aí, de
novo.
É fato que se perde tempo
valioso em reuniões que não seguem a pauta e desandam a trivialidades, mero
preenchimento de tempo. Assim, o tempo de criaturas é subutilizado sem qualquer
cerimônia pela criatura que convocou a reunião sem sentido. A reunião termina e
nada relevante acontece de fato que justificasse o mau uso do tempo dos outros.
Há muito o sentido de equipe
se perdeu nas empresas, em geral. O que se vê é disputa entre egos, quem tem o
poder. O líder que deveria ser aquela criatura a estimular os demais membros da
equipe a terem atitudes criativas na empresa é o primeiro a se comportar como
se sua equipe não fosse relevante porque tudo acontece porque ele, o líder ou
chefe, é quem tem o poder. Poder é mal
usado. Membros pró ativos não são bem vindo.
Tampouco opiniões. Chefes inseguros e imaturos que não permitem que sua
equipe trabalhe, seja criativa. Inacreditável.
A grande disputa entre as
gerações Baby Boomers, X e Y se faz presente. Olha a chata de novo.
Assim, o ambiente
corporativo vive crises interpessoais que deveriam estar sendo elaboradas em
terapia, não sendo vivenciadas nas empresas.
Criaturas inseguras temendo por suas ideias criativas serem roubadas e
não receberem crédito, criaturas autocentradas, individualistas, que só olham
para os próprios umbigos, e o fantasma do desemprego rondando, principalmente para
os das gerações Baby Boomers e X.
O trabalho em equipe ainda
está sendo vivenciado no sentido pessoal, para provar quem é o melhor (típico
da geração Y), não o sentido da equipe, de senso comum, quando as capacidades
de cada um, independente da geração é que deveriam ser valorizadas.
A empresa do futuro saberá
administrar as diferenças para o bem comum. A empresa do futuro será aquela que
saberá valorizar seus profissionais, com suas capacidades e experiências
distintas, não descriminando ou utilizando-se de subterfúgios preconceituosos. Respeito e tolerância são essenciais entre os
membros da equipe de qualquer empresa, em qualquer tempo. Chata?
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