segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

 
Em um mundo onde o individualismo é a grande tônica, os heróis são realmente dispensáveis?

O herói é aquela figura que aparece como magnânimo, cheio de vontade de justiça, voltado para o bem comum, que acredita na verdade porque tem esperança no ser humano.
O herói mostra que é bom ser bom, na verdade ele nos mostra o quanto é gratificante destacar atributos que nos fazem sentir humanos, capazes de compadecer com a dor e sofrimento alheio. O herói nos faz ver a parte de nós mesmos que por motivos diversos escondemos ou sufocamos em nome de um individualismo, auto-idolatria meramente defensiva, focada nos próprios desejos e auto-motivações neuróticas.
O herói nos mostra que existe algo além de nós mesmos, além da auto-referência de nosso próprio umbigo, pelo qual devemos lutar e honrar, porque não estamos sozinhos no mundo.
Quando pensamos nos heróis, como os superheróis, semideuses dos tempos remotos, pensamos neles com poderes divinos ou sobrenaturais. E pensamos na idéia de guerra, luta sangrenta, sacrifícios por um grupo, por uma causa, por uma religião etc. Pensamos no semideus Hércules, no Superman, Batman, Martin Luther King etc. Todos super. Todos de uma certa forma punidos.
Mas os heróis foram ganhando espaço e território, e crescendo em número.
Hoje, quando pensamos no herói, ou na necessidade de termos um herói no qual possamos nos espelhar, sabemos que não possuem aqueles poderes porque os heróis de hoje são de carne e osso e não precisam estar à frente de uma guerra aos moldes antigos.
O herói dos dias de hoje é aquele que pode até usar um palanque, mas têm o chão, terra batida, nem sempre asfaltada no dia a dia, na luta por um ideal, por uma verdade cidadã. O herói de hoje em dia é aquela professora ou professor que mesmo com um salário não justo, condições não justas de trabalho ensina, ajuda a despertar e dar vasão aos sonhos daqueles olhinhos curiosos que querem saber o final da estória que lêem com tanto entusiasmo. É a dona de casa, que cria seus filhos sozinha, em condições simples, mas que ensina aos filhos que deve ajudar a uma senhora quando em dificuldade com seus pacotes do supermercado, ou quando simplesmente lhes ensina a dizer palavras como: muito obrigado, com licença, por favor, e a respeitar animais e todos os seres viventes. O herói de hoje em dia é qualquer profissional que, apesar das adversidades, continua sacrificando-se por um grupo, uma sociedade, uma comunidade, uma verdade, um ideal etc. É o médico de família que leva o remédio e não espera pelo pagamento formal – o dinheiro – mas contenta-se com o sorriso, ou o pedaço de bolo com café que recebe. O bombeiro que arrisca sua vida para salvar a vida de quem nem conhece, o voluntário que todas as noites leva comida, agasalho e conforto mesmo nas noites de chuva. O Papai Noel com barba de algodão mal colada que distribui presentes simples e carrega as crianças no colo como se elas fossem o presente. O músico que toca seu instrumento na entrada/saída do metrô ou em alguma rua ou avenida pelo simples prazer de tocar e levar a música a lugares inusitados, onde ninguém nunca pensou que houvesse lugar... somente o menestrel.Estamos vivendo um momento de crise de valores morais e éticos, no entanto a presença arquetípica do herói sobrevive apesar da tentativa consciente-racional /inconsciente-irracional de bani-lo, pois é parte do humano, do ser humano reconhecer o herói.

 
ESTRANGEIRISMO

Toda vez que utilizamos uma palavra ou expressão que não faz parte de nosso idioma para darmos um sentido específico ou enfático de alguma coisa que estamos querendo dizer, estamos fazendo uso do estrangeirismo.
O uso de palavras estrangeiras evidencia uma proximidade ou ligação específica com o País de origem, e isso vem de longa data.
Desde a vinda da Família Real para o Brasil, a Inglaterra continuou presente, pois o Brasil Império contou com dinheiro emprestado pela Inglaterra para investimentos - as primeiras construções de estradas de ferro etc. Em seguida, quando os Estados Unidos compraram a divida que o Brasil tinha com a Inglaterra estabeleceu-se novo vínculo.
A passagem do Inglês (da Inglaterra e EUA) no Brasil e suas marcas ficaram nos hábitos alimentares, na moral vitoriana, nas construções, nos costumes e no vocabulário: forró (for all = para todos = furdunço que os ingleses da estrada de ferro faziam nos finais de semana), baitola (corrutela de bitola = distância de um trilho a outro) e muitas outras expressões incorporadas ao folclore brasileiro. Na alimentação: hot dog, hamburguer, ketchup, coca-cola e Bob’s, Mc Donald's. No vestuário: Tennis, Jeans, Calça legging. Marcas como All Star, Nike. No esporte: Basketball, handball, football (origem inglesa).
A passagem dos Franceses pelo Brasil durante as invasões também deixou marcas, especialmente no Rio de Janeiro, com o “rr” exagerados e no uso de palavras: bordeaux (vinho e bordel = casa de prostituição, zona), cabaret (casa de shows com mulheres), abat-jour (luminária), chauffer (motorista), coiffeur (cabeleireiro), maitre ( pessoa encarregada de levar os clientes à mesa), menu (cardápio) etc.
Em São Paulo, vemos a influencia do idioma Italiano, presente até os dias atuais, marcado pela não pronúncia do ‘s’ do plural, pois em italiano não se forma o plural com ‘s’.
No entanto, o idioma mais difundido pelo mundo é o Inglês, idioma da comunicação. E, por conseguinte, a exercer influencia em todo o mundo. Hoje em dia, especialmente, a comunicação está ligada a Internet. E já observamos outro fenônemo além do estrangeirismo – a linguagem de computador, hoje tão comum, não somente entre jovens, mas entre todos: chat, editar, google, salvar, copiar etc.

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