segunda-feira, 7 de julho de 2014

 

O direito à felicidade

A felicidade é um estado natural de toda pessoa humana.  No entanto, esse estado de espírito, subjetivo, capaz de enlevar a alma só pode ser alcançado quando nos colocamos a serviço de nosso ser autoconsciente e assumimos total responsabilidade sobre nosso autodesenvolvimento e autorrealização através do processo chamado por Jung de individuação.

E é no momento presente, ancorados no agora, que temos a real possibilidade de sermos felizes, vivendo as experiências de nossas vidas, na dor ou na alegria, na rotina ou ao acaso, tudo faz parte. Precisamos nos conectar com o instante presente de uma maneira mais consistente, sem desvios para um passado saudoso ou um futuro sedutor. Toda vez que nos desviamos ou fugimos de viver o instante presente, buscando justificativas no passado para nossas fraquezas ou derrotas, ou empurramos para o futuro a possibilidade de viver algo novo, solucionarmos uma questão, estamos nos boicotando e nos afastando da felicidade.

Vivemos num mundo onde o que conta são as aparências (quanto mais jovem e magra melhor) e o que os outros esperam de nós (super profissional, super amante, mãe, super, super, super). Muitos vivem boa parte de suas vidas, e outros, toda a vida, tentando agradar aos outros com atitudes e sentimentos que não lhes apetecem, só aos personagens que fazem.  Na expectativa de ganho de afeto, amor e atenção, muitos fazem coisas que até Deus (?) duvida. Vale tudo durante esse jogo frenético por atenção. Energia gasta em vão. Desperdício. E o tempo passa. De repente, tudo que resta são lembranças daquilo que não realizamos. Vontade de voltar no tempo. Decepção, sentimento de frustração. Impotência. Tristeza. Depressão profunda. Vontade de escapar daquela sensação, vontade de morrer, vontade de se matar.

O mundo só passa a ter sentido quando buscamos nosso mundo interior, onde reside nosso poder. É preciso acreditar no poder do agora, no nosso poder pessoal.  Faz-se urgente o cuidado e atenção pelos nossos sentimentos e pensamentos para que não nos desviemos do propósito principal: a felicidade.
É no tempo presente que estão todas as condições para realizarmos tudo que pensamos ser importante para sermos felizes. Não podemos nos distrair, um instante sequer, pois o mundo exterior é apelativo e barulhento.  É preciso saber separar os modelos impostos ou formas outras que vem de fora, que não nos pertencem e optar por ter uma vida interior rica, criativa, amorosa e amadurecida através do autoconhecimento. Ter consciência do poder pessoal e do poder do tempo presente no seu próprio ser. Parar por num     instante, e estabelecer um compromisso com o instante presente, o aqui e agora, para ser feliz.
É um equívoco aceitar que nossa felicidade esteja atrelada a pessoas, bens materiais, títulos, condições ideais disso ou daquilo etc. Apenas desvio de rota. Então, é preciso ser atento e disciplinado para continuar acreditando no “eu mesmo” e buscar, com a ajuda do seu arquétipo preferido (o meu é o arcano o louco) força e coragem para ser e ser pleno.  Ser feliz dá trabalho, pois é preciso mudar para fazer diferente e para fazer toda diferença. Será que não vale mesmo à pena? 
As imagens são do Tarot Namur que recebi de presente do Mago e Amigo Namur Gopalla. Aliás, segundo ele mesmo, eu sou um novo arcano, o arcano XXIII.


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