sábado, 7 de janeiro de 2017
Atitude e Aquisição nos diferentes setores
Caminhada matinal ao redor do Palácio Quitandinha.
Todos os anos, com a virada do Ano Novo, ocorre nas redes sociais uma avalanche de comentários esperançosos, todos almejando ser, desta vez, o ano de mudanças. É curioso, que ainda neste século, pessoas entendam que a mudança em suas vidas dependa dos outros ou no caso específico, da virada do novo ano. Mudou o ano, pronto, tudo irá mudar magicamente! E alguns escrevem: “Vem, que eu quero lhe usar”, com uma conotação primitiva de prazer sexual. Tal qual o sexo (estupro) para os homens da caverna, que pegavam a primeira fêmea ao alcance de suas mãos. Pronto, magicamente saciados. Tal crença mágica se repete nos relacionamentos em geral, afetivos, certamente, e nos sentidos profissional e pessoal das pessoas.
Psicologicamente falando, uma regressão ao período matriarcal passivo, período esse no qual, por exemplo, o bebê, com fome, chora e o alimento surge na forma mágica do seio ou mamadeira.
No ambiente corporativo observa-se esse comportamento quando profissionais são substituídos simplesmente pelo fato de pertencerem à geração diferente da atual, no caso Geração Z. Então, é só substituir o profissional defasado e a empresa lucra magicamente. Bazinga! O curioso é constatar essa crença em todos os setores (inclusive amoroso), classes sociais e em diferentes níveis de cultura. Bazinga!
Para que ocorra mudança em qualquer setor de nossas vidas, é preciso que, de substantivo, mudança, passe a verbo, mudar. E para tal, dar o primeiro passo. Não esperar passivamente algum efeito mágico. Ter atitude implica sair da zona de conforto tão conhecida. Lamúria e fazer o papel da vitima, ou vivenciar a síndrome de Poliana, de ver tudo cor de rosa, de nada servirá.
Chega de responsabilizar o governo, a geração defasada, o chefe, a chuva, o ano, o gato preto, o tucano, a regência astrológica para o ano pelos insucessos e frustrações. Mãos na massa! Mude o trajeto para o trabalho ou para a casa. Faça cursos online. Crie, invente possibilidades. Seja o agente de sua vida.
Lembro-me, quando fui contratada para ser tradutora numa multinacional, ouvir uma funcionária antiga, secretária, falando ao telefone em voz alta para que eu escutasse, dizer sentir-se apunhalada pelas costas por não ter sido promovida ao cargo de tradutora, que ela trabalhava na empresa há 17 anos, coisa e tal. Então, quando ela desligou o telefone e olhou pra mim, eu imediatamente perguntei-lhe se ela falava Inglês e estava acostumada a fazer traduções. Ela rapidamente respondeu: “Não falo, nem escrevo em Inglês”. Bazinga!
Sentimento equivocado. Ela precisava por a culpa em alguém. O que a impediu, todos esses 17 anos, estando na empresa, de estudar e aperfeiçoar-se, já pensando numa mudança de cargo? O que a impediu de fazer um upgrade no currículo e ser mais competitiva?
Essa falta de atitude está presente em tudo. É mais fácil reclamar e sentir-se injustiçado. Assim, consumidores insatisfeitos não procuram seus direitos. Pessoas culpam o Natal e Ano Novo pelo ganho de peso, profissionais e leigos assinam sem ler antes contratos fraudulentos, porque todo mundo faz assim, elevadores deixam de funcionar ou vão para o fundo por excesso de peso, porque ninguém liga se entrou mais um sabendo-se ser o limite de 06 pessoas etc.
A aquisição de algo, um emprego, promoção, saúde, companheiro só ocorrerá quando algo criativo e diferente for feito. Chega de compulsão à repetição. Chega de reclamação.
Atitude já!
Caminhada matinal ao redor do Palácio Quitandinha.
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