quinta-feira, 1 de abril de 2010

 
CELEBRANDO A VIDA, A RESSURREIÇÃO E A ESPERANÇA - FESTIVAL DE OSTARA, PÁSCOA, PESSACH.
A festa da Páscoa é o dia santo mais importante da religião cristã; quando as pessoas vão às igrejas e participam de cerimônias religiosas. Passou a ser uma festa cristã após a última ceia de Jesus com os apóstolos, na quinta-feira santa. Os fiéis cristãos celebram a ressurreição de Cristo e sua elevação ao céu.
O período que começa na quarta-feira de cinzas (após o Carnaval) e termina na quarta-feira da Semana Santa, é chamado de Quaresma. Durante este período, observa-se 40 dias de jejum e penitência que precedem à festa da Páscoa. O jejum é obrigatório para cristãos batizados, entre 18 e 60 anos, na Quarta-feira de Cinzas e na Sexta-feira Santa, no entanto, podem jejuar também em outros dias, de acordo com as necessidades espirituais de cada fiel. Essa preparação existe desde o tempo dos Apóstolos, que limitaram sua duração a 40 dias , em memória do jejum de Jesus Cristo no deserto. É portanto, um momento de profunda reflexão, aprimoramento espiritual e caridade. Uma preparação dos fiéis cristãos, simbolicamente, para o renascimento, como Cristo.
Nos dias atuais, são poucos os fiéis que observam aquelas práticas. Não há parada para reflexão e aprimoramento espiritual. O sentido religioso há muito se perdeu. Os símbolos religiosos e significados não são vivenciados como era nos tempos passados. Não há celebração da vida nova, porque não há um sentido novo na existência. Os valores estão equivocados ou sem sentido porque os “fiéis” não têm forças para mudar, não são estimulados à reflexão.
Com as mudanças por conta do capitalismo que tomou conta de tudo transformando tudo (ou quase tudo) em fonte de capital, de lucro, de consumo, as festas - grande parte de caráter religioso - repletas de riqueza simbólicas não passam de celebrações engraçadas, incomuns e sem sentido, tornando-se ocasião para consumo, desprovidas dos sentidos originais, humanos, familiares e religiosos: Natal, Páscoa, Dia das Mães, Dia dos Pais, Festa Junina, Dia de Todos os Santos, Finados etc.
A IMPORTÂNCIA DOS SÍMBOLOS
NÚMERO 4- 40- 400
Na Bíblia, o número quatro simboliza o universo material. Os zeros que o seguem significam o tempo de nossa vida na terra, suas provações e dificuldades. Portanto, a duração da Quaresma está baseada no símbolo deste número na Bíblia. Nela, é relatada as passagens dos quarenta dias do dilúvio, dos quarenta anos de peregrinação do povo judeu pelo deserto, dos quarenta dias de Moisés e de Elias na montanha, dos quarenta dias que Jesus passou no deserto antes de começar sua vida pública, dos 400 anos que durou a estada dos judeus no Egito, entre outras. Esses períodos vêm sempre antes de fatos importantes e se relacionam com a necessidade de ir criando um clima adequado e dirigindo o coração para algo que vai acontecer.

SIGNIFICADO DO OVO E DO COELHO
Na antiguidade os egípcios e persas costumavam tingir ovos com cores da primavera e presentear os amigos. Para os povos antigos o ovo simbolizava o nascimento. Por isso, os persas acreditavam que a Terra nascera de um ovo gigante.
O ovo em si simboliza a vida imanente, oculta, misteriosa que está por desabrochar. Eles simbolizam a fecundidade e a renovação.
Os cristãos primitivos do oriente foram os primeiros a dar ovos coloridos na Páscoa. Nos países da Europa costumava-se escrever mensagens e datas nos ovos e doá-los aos amigos. Em outros, como na Alemanha, o costume era presentear as crianças. Na Armênia decoravam ovos ocos com figuras de Jesus, Nossa Senhora e outras figuras religiosas.
Os ovos não eram comestíveis, como se conhece hoje. Era mais um presente original simbolizando a ressurreição como início de uma vida nova. A própria natureza, nestes países, renascia florida e verdejante após um rigoroso inverno.
A tradição do coelho da Páscoa foi trazida para as Américas pelos imigrantes alemães em meados do século 18. O coelho visitava as crianças e escondiam os ovinhos para que elas os procurassem.
Ainda hoje em dia, as crianças montam seus próprios ninhos e acreditam que o coelhinho da Páscoa coloca seus ovinhos. Em outros, as crianças procuram os ovinhos escondidos pela casa, como acontece nos Estados Unidos e em Escolas de Idiomas no Brasil.
Os bombons e ovos de Páscoa, como conhecemos hoje (de chocolate), surgiram no século XX, produto caro e pouco abundante. O costume era enfeitar e pintar ovos de galinha, sem gema e clara, e recheá-los com amendoim revestido com açúcar e chocolate.

PESSACH, PÁSCOA, FESTIVAL DA PRIMAVERA
A palavra Páscoa origina-se do hebraico “Pessach”, do grego "paskha" e do latim "pache" – significa "passagem", uma transição anunciada pelo equinócio de primavera (ou vernal), que no hemisfério norte ocorre a 20 ou 21 de março e, no sul, em 22 ou 23 de setembro (dia e noite têm a mesma duração).
Para entender o significado da Páscoa cristã, é necessário voltar para a Idade Média e lembrar dos antigos povos pagãos europeus que, nesta época do ano, homenageavam Ostera, ou Esther, em inglês, Easter.
Muitos costumes ligados ao período pascal originam-se dos festivais pagãos da primavera. Outros vêm da celebração do Pessach, ou Passover, a Páscoa judaica. É uma das mais importantes festas do calendário judaico, que é celebrada por 8 dias e comemora o êxodo dos israelitas do Egito durante o reinado do faraó Ramsés II, da escravidão para a liberdade. Um ritual de passagem, assim como a "passagem" de Cristo, da morte para a vida.
Todo ano, na noite de lua cheia de primavera, os hebreus celebravam a Páscoa, com o sacrifício de cordeiro e o uso dos pães ázimos (sem fermentos), conforme a ordem recebida por Moisés (Ex 12.21.26-27; Dt 12.42). Era uma vigília para lembrar a saída do Egito (forma pela qual tal fato era passado de geração em geração – Ex 12.42; 13.2-8).
Ostera (ou Ostara) é a Deusa da Primavera, que segura um ovo em sua mão e observa um coelho, símbolo da fertilidade, pulando alegremente em redor de seus pés nus. A deusa e o ovo que carrega são símbolos da chegada de uma nova vida. A celebração de Ostara, comemora a fertilidade, um tradicional e antigo festival pagão que celebra o evento sazonal equivalente ao Equinócio da primavera (fim do inverno e a chegada da primavera, no hemisfério norte).
Algumas das tradições e rituais que envolve Ostara, inclui fogos de artifícios, ovos, flores e coelho. O coelho é um símbolo da fertilidade e da fortuna.
Ostara representa o renascimento da terra, muitos de seus rituais e símbolos estão relacionados à fertilidade. Ela é o equilíbrio quando a fertilidade chega depois do inverno. Ostara é o espelho da beleza da natureza, a renovação do espírito e da mente. Ostara foi cristianizada como a maior parte dos antigos deuses pagãos.
Os símbolos tradicionais da Páscoa vêm de Ostara. Os ovos, símbolo da fertilidade, eram pintados com símbolos mágicos ou de ouro, eram enterrados ou lançados ao fogo como oferta aos deuses. É o Ovo Cósmico da vida, a fertilidade da Mãe Terra.
A Páscoa foi nomeada pelo deus Saxão da fertilidade Eostre, que acompanha o festival de Ostara como um coelho, por esta razão, o símbolo do coelho de páscoa na tradição cristã.
A Páscoa foi adaptada e renomeada pelos cristãos, do feriado pagão Festival de Ostara. A data cristã foi fixada durante o Concílio de Nicéa, em 325 d.C., como sendo "o primeiro domingo após a primeira lua cheia que ocorre após ou no equinócio da primavera boreal, adotado como sendo 21 de março/22 ou 23 de setembro.

OVOS DE CHOCOLATE
Essa história tem seu início com as civilizações dos Maias e Astecas, que consideravam o chocolate como algo sagrado, tal qual o ouro. Os astecas usavam-no como moeda.
Na Europa aparece a partir do século XVI, tornando-se popular rapidamente. Era uma mistura de sementes de cacau torradas e trituradas, depois juntada com água, mel e farinha. O chocolate, na história, foi consumido como bebida. Era considerado como alimento afrodisíaco e dava vigor. Por isso, era reservado, em muitos lugares, aos governantes e soldados.
RITUAL DA FERTILIDADE/FORTUNA
(Os pedidos devem ser voltados à "fertilidade" em todas as áreas).

Deve-se colocar flores no altar, ao redor do círculo e no chão. O caldeirão pode ser cheio com água mineral e flores, e botões e brotos também podem adornar as vestes. Uma pequena planta no vaso deve ser colocada no altar.
Prepare o altar, acenda as velas e o incenso e abra o círculo, invoque a Deusa e o Deus. De pé diante do altar, observe a planta e diga:

"Ó Grande Deusa, Liberta da prisão gelada do inverno. Agora é a hora do verdejar, quando a fragrância das flores se espalha com a brisa. Este é o início. A vida se renova por sua magia, Deusa da Terra. O Deus se distende e se ergue, ansioso em sua juventude, e pleno com sua promessa do verão".

Toque a planta. Concentre-se a sua energia e através dela com toda natureza. Viaje por suas folhas e ramos em sua visualização do centro de sua consciência para fora de seu braço e dedos e penetrando dentro da própria planta. Explore sua natureza interior; sinta o milagroso processo da vida ativos em seu interior. Após algum tempo, ainda tocando a planta, diga:

"Caminho pela TERRA em amizade, não como dominador.Deusa Mãe e Deus Pai, depositem em mim através desta planta um amor por todas as coisas vivas;Ensinem-me a reverenciar a TERRA e todos os seus tesouros.Que eu jamais me esqueça".

Medite acerca das mudanças de estações. Sinta o crescer das energias na TERRA a seu redor. Trabalhos de magia, se necessários, podem seguir. Celebre um banquete simples. O círculo está desfeito.

OVO COZIDO PARA O RITUAL

Os ovos podem ser pintados crus e depois enterrados num vaso, ou cozidos e comidos enquanto mentalizamos nossos desejos.
Use anilinas para bolo, ou cozinhe os ovos com cascas de cebola na água, o que dará uma bela cor dourada.
Os ovos devem ser decorados com símbolos mágicos, ou de acordo com a sua criatividade.


Comentários:
Muito interessante, mamy ! Sempre surpreendendo com seus textos ! Te amo !!
 

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